O
sistema interligado brasileiro de distribuição de energia “trabalha com
tranquilidade, dentro do equilíbrio estrutural normal entre oferta e
demanda”, disse nesta terça-feira (4) o secretário executivo do
Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, ao tentar explicar a
falta de energia, logo depois das 14h desta terça-feira, em parte das
regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, além do estado do Tocantins.
Zimmermann informou que a falta de
energia, que afetou consumidores de 11 estados, “não tem nada a ver com
estresse do sistema”, não está relacionado com aumento do consumo de
energia nem foi provocado por excesso de calor. “Não sabemos as causas
do desligamento, que aconteceu na rede entre Tocantins e Goiás e o
Operador Nacional do Sistema Elétrico [ONS] está apurando o que houve”,
disse.
O presidente da Empresa de Pesquisa
Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, também presente à coletiva de
imprensa convocada pelo MME, ressaltou que “riscos dessa natureza
existem”, como aconteceu no Nordeste no ano passado. Na ocasião houve
desligamento de quase 100% da rede, enquanto no caso de hoje “o sistema
funcionou aparentemente como deveria, sem desligar toda uma região, o
que provocaria efeito dominó. Digo aparentemente, porque as causas ainda
estão sob análise”.
Zimmerman descartou a possibilidade de
falta de energia no país em decorrência do baixo nível dos reservatórios
das usinas hidrelétricas, ratificando comentário feito na véspera pelo
ministro Edison Lobão, quando falou em “risco zero”. Tolmasquim
acrescentou, categórico, que “temos que estar preparados para
ocorrências como as de hoje, que acontecem, não é nenhum fato
extraordinário, mas posso afirmar que o país tem excedente de energia”.
Fonte: Agência Brasil