Projetos deveriam ter obras iniciadas em junho, mas ainda passam por mais ajustes
No caso da Rua Coberta, a última movimentação ocorreu em março,
quando a Caixa solicitou alguns ajustes no material remetido ainda em
outubro do ano passado à instituição bancária, responsável pela
liberação das verbas. Agora, a secretaria de Turismo (Semtur) trabalha
na revisão do projeto para enviá-lo, mais uma vez à análise. Sem o aval
da Caixa para utilização do montante federal de R$ 1,1 milhão, que terá
contrapartida local de mais R$ 96 mil, não é possível abrir licitação.
O Aeródromo, que para deixar de ter a pista de chão batido terá
investimentos de R$ 2,3 milhões em repasse da União e R$ 170 mil dos
cofres municipais, ainda depende, principalmente, de definições quanto a
liberações ambientais para a obra. Há cerca de 30 dias, representantes
do Executivo reuniram-se com técnicos da Fundação Estadual de Proteção
Ambiental (Fepam) para tentar agilizar as adequações exigidas.
Sem risco
Para o secretário municipal de Turismo, Gilberto Durante, este
segundo projeto é o que pode demorar mais para começar a sair do papel,
pela complexidade do empreendimento. Mesmo assim, ele garante que, nos
dois casos, não há possibilidade de que as verbas sejam perdidas, mesmo
com o adiamento para o início dos trabalhos, que pode chegar até a um
ano. “Nós estamos tomando todos os cuidados para não correr nenhum risco
com os prazos. Quando se envolve várias instâncias, essa tramitação
tende a ser um pouco mais complicada, mas estamos encaminhando tudo que
nos é solicitado”, afirma.
As propostas
Rua Coberta: a implantação será na rua Rolando Gudde, nos
fundos da Casa das Artes, com 50 metros de extensão – da esquina com a
avenida Presidente Costa e Silva até o final do terreno da Fundação Casa
das Artes – e provavelmente três espaços fixos. O local também pode ter
um palco móvel e seguirá, de acordo com o secretário Gilberto Durante, a
linha apresentada na primeira perspectiva, em 2012, com a exploração de
temas da cultura local, como uva e vinho. O projeto prevê repasse
federal de R$ 1,1 milhão e contrapartida de R$ 96 mil do município.
Segundo a prefeitura, a Caixa solicitou novos ajustes em março e as
alterações devem ser encaminhadas em breve à instituição bancária.
Aeródromo: está previsto o asfaltamento de 1,2 mil metros da
pista, que foi cedida pelo aeroclube à prefeitura ainda em 2011. Para a
iniciativa, R$ 2,3 milhões virão do Ministério do Turismo e outros R$
170 mil dos cofres da prefeitura. A espera por obras já supera dois anos
e, para avançar, a iniciativa depende, principalmente, de liberação
ambiental. Em 2011, a administração também recebeu, por duas décadas, a
cessão de outros 7.000m² do entorno, que teriam acesso independente ao
utilizado hoje pela escola de pilotagem. Uma proposta paralela, em
parceria com empresários locais e aplicação de mais R$ 1 milhão, poderá
viabilizar a instalação de pátio e garagem para as aeronaves, além da
construção de um terminal.
Casa do Artesão
Com R$ 292,5 mil garantidos pelo Mtur, por meio de uma emenda
parlamentar da senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), e contrapartida de R$
32,5 mil, a prefeitura pretende construir a Casa do Artesão na esquina
das ruas Silva Paes e Duque de Caxias, nas proximidades da Estação
Férrea. A intenção é abrigar no local os artesãos que hoje comercializam
seus produtos na Via Del Vino, na Casa do Vinho. Segundo Durante, o
projeto já está sendo elaborado.
Reportagem: Jornal SerraNossa - Jorge Bronzato Jr.