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domingo, 1 de dezembro de 2013

Apresentado Projeto "Caminhos de Pedra, Mais Identidade" em Bento

Aconteceu no final da tarde desta sexta-feira no Distrito de São Pedro, em Bento Gonçalves, a inauguração do Projeto Caminhos de Pedra, Mais Identidade. São placas que valorizam e identificam os estabelecimentos que integram o roteiro turístico. Representantes e empreendedores da rota estiveram prestigiando o lançamento.
 
Saiba mais detalhes:
 
A sinalização interpretativa é uma ferramenta de comunicação importante entre os elementos da atividade turística como catalisadora no processo de interação e a conservação patrimonial. Desta maneira, o projeto identificou e valorizou o patrimônio edificado, mas também os “saberes e fazeres” relacionados à imigração italiana no Caminhos de Pedra. O processo de elaboração das placas interpretativas foi construído com a comunidade abrangida pelo projeto, culminando na confecção de 26 placas interpretativas dos principais referenciais culturais que hoje fazem parte do Roteiro Turístico Caminhos de Pedra nos municípios de Bento Gonçalves e Farroupilha.
 
Cada placa é composta do nome do referencial cultural, dados históricos e características arquitetônicas, mesclando no material da placa elementos como a pedra, o vidro e a captação de energia solar para iluminar, dentro de uma perspectiva de preservação ambiental e cultural.
 
A realização do Roteiro Caminhos de Pedra, com o financiamento do Pró-Cultura RS, da Secretaria de Cultura do Rio Grande do Sul.
 
Fonte e fotos: Felipe Machado - Central de Jornalismo da Difusora

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Caminhos de Pedra pode se tornar polo cultural

Projeto prevê espaço a céu aberto para três museus: da pedra, do artista Bez Batti e da arte

Fotos: Almir Dupont/Arquivo prefeitura
Caminhos de Pedra pode se tornar polo cultural
Um circuito formado por paisagens lúdicas e interativas, retrato fiel da essência da imigração italiana. O roteiro Caminhos de Pedra é reconhecido por ser um atrativo turístico repleto de construções em pedras e madeiras, onde estão moinhos, casas de massas, de teares, da erva-mate e de ovelhas, além de cantinas e capelas. Mas um projeto quer fazer do local um destino a mais para quem busca cultura, arte e aprendizado. 
Uma iniciativa dos Caminhos de Pedra e do Instituto Tarcísio Michelon deve levar ao distrito de São Pedro um polo cultural que será composto por três museus: da pedra, de obras do artista Bez Batti e da arte, esse último a céu aberto. Para dar vida ao projeto, recursos estão sendo captados pelas entidades. No entanto, para ser realmente concretizado, é necessária a definição de um terreno. 
Na última semana, foi encaminhado um ofício à prefeitura de Bento Gonçalves solicitando a doação de um espaço para os museus. O prefeito Guilherme Pasin afirmou com exclusividade ao SERRANOSSA que apoia o projeto e que, inclusive, foi dele a ideia do museu de pedra. “Quando fui eleito prefeito, senti um remorso muito grande ao ver que o Bez Batti, uma joia rara que escolheu Bento para morar, não é reconhecido e valorizado na cidade. Mesmo assim, leva o nome de Bento a todos os cantos por onde passa. Então, percebi que a gente precisava fazer um museu de arte para ele. Mas no Poder Público isso é muito difícil de ser feito, pois é moroso, complicado. Por isso, conversei com o Tarcísio [Michelon], em um bate-papo informal. Ele comprou a ideia, fez o anteprojeto e a gente ficou só na pendência do terreno”, confidenciou.  
De acordo com Pasin, está a cargo do Ipurb a análise de quais terrenos pertencentes ao Poder Público podem receber o polo cultural. “Acredito que no decorrer do mês de setembro já haja um levantamento para mostrar a todas as partes envolvidas, à secretaria de Turismo, à Associação Caminhos de Pedra, ao próprio Bez Batti e ao Instituto Tarcísio Michelon”, esclareceu Pasin.
O prefeito ainda salientou que o espaço escolhido tem que ser amplamente discutido, pensando na fomentação do turismo na região e na possibilidade de aumentar o número de empreendimentos. “Se a gente fizer na rodovia principal, não irá agregar tanto, pois já é uma rota turística. Agora, se colocar o museu em um local que tem potencialidade, o espaço irá induzir o turismo, agregar mais famílias, principalmente em relação à agroindústria, e irá ampliar o roteiro”, justifica. “No momento que conseguirmos equalizar as vontades da iniciativa privada com os desejos da comunidade e do Poder Público, faremos acontecer. E este projeto eu tenho certeza que vai acontecer”, enfatizou. 

Novo ofício aos jovens

De acordo com o empresário e um dos idealizadores do roteiro Caminhos de Pedra, Tarcísio Michelon, a ideia é que no local sejam instaladas também oficinas de arte e de ofício. “Queremos fomentar a arte, a escultura e proporcionar aos jovens um novo ofício”, salientou. Michelon afirma que o projeto já ganhou o carinho e o apoio de muitas pessoas, instituições e de entidades. “Já fizemos contato com o Ministério da Cultura e com a o Programa Nacional de Museus. Inclusive, recentemente, uma representante do programa esteve em Bento e nós fizemos uma visita a João Bez Batti. Na ocasião, falamos do sonho de fazer um museu da pedra e recebemos uma ótima notícia: que o fundo nacional de recursos para museus agora permite que se conceda verbas para o desenvolvimento de museus em cidades com mais de 50 mil habitantes, porque até um ano atrás não podia. São recursos diretos, não é lei de incentivo. Além disso,  fomos procurados por instituições que se propuseram a apoiar a iniciativa”, conta.
Uma das responsáveis por dar andamento no projeto, a diretora do Instituto Michelon, Ângela Martins, já está capitaneando outras ações para a busca de recursos. “Estamos em contato com a diretoria de fomento Federal e dependemos do terreno para dar início. Pelo que estamos percebendo, não será difícil encaixar na lei de fomento um espaço dedicado ao artista. A outra possibilidade de agregar é a Lei de incentivo do Estado”, destacou.

“Estou ficando velho”

O artista Bez Batti brincou ao receber a notícia da criação do museu. “Eu acho que estou ficando velho. Em dezembro vou receber uma homenagem na Itália e agora vou ter um museu. Estou desconfiando que atingi a quilometragem máxima”, disse ele, aos risos, em entrevista ao SERRANOSSA. “Sinto-me lisonjeado. Eu nunca pensei em um museu da minha obra. Credito tudo que consegui até hoje ao fato de ter escolhido Bento para viver. Foi um anjo chamado Eduardo Gatto que emprestou o porão da casa dele e forneceu ferramentas para eu exercer meu ofício no início da carreira. E hoje recebo essa homenagem. É muito gratificante”, emocionou-se.  
Entretanto, Bez Batti deixa claro que as obras produzidas por ele são patrimônio da família e que não serão cedidas para exposição no Museu, precisando ser adquiridas pelos organizadores.

Simpósio em outubro

“O Simpósio de Escultores será para Bento o que o Festival de Cinema é para Gramado”. É com essa projeção do empresário Tarcísio Michelon que acontece entre os dias 4 e 20 de outubro, a segunda edição do Simpósio Internacional do Mercosul de Escultores em Bento Gonçalves. O evento deve reunir principais nomes do mundo desta arte na cidade.
O encontro, que no ano passado ocorreu na Fundaparque, será realizado na rua Rolando Gudde, atrás da Casa das Artes, das 9h às 18h. Os artistas que virão a Bento são: Constantina Iconomopulos, da Argentina; Eric Verhelst, da Bélgica; Chan Kab Park, da Coreia do Sul; Alceo Luiz Da Costa, do Brasil; Julio Londoño, da Colômbia; Aquiles Jiménez, da Costa Rica; Jean-Claude Lambert, da França; Tanya Preminger, de Israel; Djordje Cpajak, da Sérvia; e Renato Brunello, do Brasil. A coordenação e organização ficarão por conta do escultor João Bez Batti. 
As obras que serão produzidas no simpósio, da mesma forma das do ano passado, ficarão em Bento Gonçalves, e deverão ser deslocadas futuramente ao museu da pedra.

Jornal SerraNossa Reportagem: Raquel Konrad