Porto Alegre seguiu em novembro com a cesta básica mais cara entre as 18
capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com os dados
divulgados nesta quinta-feira, o conjunto de 13 itens custou no mês
passado R$ 328,72, uma alta de 1,18% na comparação com outubro.
Cinco produtos em especial pesaram mais no bolso do consumidor. O
principal deles foi o tomate, que teve alta de 9,3%. O aumento está
relacionado às condições climáticas que afetam a produção e a redução no
volume de produto disponível, explicou a economista do Dieese, Daniela
Sandi.
O açúcar e o pão também ficaram mais caros para os consumidores. Os
clientes encontraram, porém, algumas reduções, como na batata, que ficou
4,62% mais barata; no café (-3,85%) e no leite (-3,81%). Apesar das
variações de preço dos produtos ao longo do ano, a cesta básica acumulou
alta de 11,6%, apontando para um reajuste médio dos preços. Segundo a
economista, a redução de tributação feita pelo governo federal, em março
deste ano, pode ter auxiliado para que o aumento não fosse maior, mesmo
sem poder precisar o impacto das desonerações.
A verdade é que a população precisa trabalhar mais para comprar os
itens considerados básicos de alimentação. O custo da cesta básica
representa 52,70% do salário mínimo líquido, sendo que em novembro do
ano passado, representava 50,12%. Em carga horária, isso significa que o
trabalhador precisa cumprir uma jornada de 106h40min para adquirir os
produtos básicos.
A elevação no custo da cesta básica não foi exclusiva em Porto Alegre.
De acordo com o DIEESE, das 18 capitais pesquisadas, 15 apresentaram
reajustes. As maiores elevações ficaram em Fortaleza, com 3,47%;
Florianópolis e Belo Horizonte, com 2,67%. Foi registrado redução em
Goiânia, Aracaju e Recife.
* Correio do Povo
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