Mostrando postagens com marcador ajuda. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ajuda. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Bruno Basso luta por próteses

Tratamento contra a leucemia provocou grave doença nos ossos, que já impossibilita movimentos


Bruno Basso luta por prótesesUm dos casos de maior comoção na história recente de Bento Gonçalves ainda não teve um final feliz. Passados seis anos do diagnóstico de leucemia e dois anos e sete meses desde o transplante de células-tronco que salvou sua vida, Bruno Basso, hoje com 20 anos, segue lutando por uma saúde melhor. A medicação utilizada no tratamento contra o câncer afetou drasticamente a estrutura óssea do rapaz. 

Hoje, ele está na lista de espera do Sistema Único de Saúde (SUS) para colocação de próteses nos joelhos e cotovelos, mas a demora em obter resposta ao pedido e a possibilidade de não ser atendido o levou a iniciar uma mobilização para pagar a cirurgia por meio de doações.  

Bruno foi diagnosticado com leucemia linfoblástica aguda tipo T em 2007. O tratamento à base de fortes medicamentos durante os piores momentos da doença teve como efeito colateral a osteoporose crônica, que evoluiu para osteonecrose. A síndrome é caracterizada pela má circulação sanguínea no interior dos ossos, que provoca a morte de células e o consequente apodrecimento deles. A dor intensa causada pela doença impossibilita os movimentos. “O médico indicou que eu faça cirurgia para colocação de próteses, a mais urgente é no joelho esquerdo, no qual sinto muitas dores”, detalha Bruno. Outro agravante é a escoliose, desenvolvida antes da leucemia, que faz com que Bruno não consiga mais deixar os joelhos e cotovelos retos.

O pedido para a implantação da prótese foi feito no final do ano passado, mas até agora a família não obteve retorno do SUS. Segundo o pai de Bruno, Dalcir, a cirurgia para colocação da prótese no joelho custa cerca de R$ 50 mil. “A recomendação médica é que eu ande de muletas até a cirurgia, mas não consigo me adaptar”, conta. Para agravar ainda mais a situação, ele não conseguiu continuar trabalhando em função das dores intensas e, desde o diagnóstico, há seis anos, nunca recebeu o auxílio-doença do INSS. 


Como ajudar


A família está mobilizada para arrecadar doações em dinheiro que possam custear o procedimento. Mesmo que o pedido para colocação da prótese no joelho pelo SUS seja atendido, serão necessárias outras três cirurgias, na outra perna e nos dois braços. O contato pode ser realizado através dos telefones (54) 2621 5437 ou 9634 1589.


Contando a própria história


Apesar das dificuldades, Bruno não desiste e não deixa de sorrir. No final do ano passado, ele realizou um dos seus maiores desejos: concluir o Ensino Médio, mesmo com as dores que sente nos joelhos e cotovelos.

Após convite de uma professora para ministrar palestras em escolas, o jovem encontrou uma forma de ajudar outras pessoas a também ter superação e força. Bruno visita escolas e relata sua luta pela vida, contando a crianças e adolescentes como vem superando a doença ao longo dos anos e descrevendo todas as etapas de seu tratamento e seus medos. “Foi uma forma de ganhar novos amigos. Já ministrei quatro palestras e dei entrevista para a TV Câmara, de Porto Alegre. No começo sempre fico nervoso, pois tenho muita vergonha, mas depois de iniciar a apresentação e os alunos fazerem perguntas, vou ganhando confiança”, relata. Durante seus debates, ele apresenta o vídeo que gravou de seu transplante, reportagens e publicações, explica cada etapa e tira dúvidas sobre a doença e os tratamentos aos quais foi submetido.


À espera de medula compatível


Outro caso que mobilizou a comunidade bento-gonçalvense foi o do jovem Bruno Dendena, de 22 anos.

 Desde julho do ano passado, ele passa por tratamento para curar-se de leucemia mieloide aguda. Em boa parte deste período esteve internado no Hospital Tacchini, mas desde o dia 30 de dezembro está em casa, após a doença ter estabilizado. Dendena ainda necessita de transplante de medula e aguarda que um doador compatível seja localizado. O jovem continua realizando exames de sangue mensalmente para verificar possíveis avanços da doença. A cada três meses, também vai a Porto Alegre para consulta com os médicos que farão o transplante. 


Para ser um doador de medula, basta ter entre 18 e 55 anos de idade e ter boa saúde. Na região as doações podem ser feitas no Hemocentro de Caxias do Sul (Hemocs), localizado na rua Ernesto Alves, 2260. O Hemocs atende de segunda a sexta-feira, das 8hs às 18hs30 e aos sábados das 8hs às 12hs. A secretaria municipal da Saúde oferece transporte gratuito semanalmente. Mais informações podem ser obtidas na Unidade de Saúde Central, através do telefone 3452 1868.


Jornal SerraNossa - Reportagem: Katiane Cardoso