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sábado, 22 de março de 2014

Doe sangue, doe vida

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são realizadas 92 milhões de doações de sangue por ano em todo o mundo. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, somente 1,9% das pessoas doa sangue regularmente. Em Bento Gonçalves a situação também não é das melhores – o ideal seriam 10 doações diárias, mas ocorrem, em média, apenas 6. 
Doe sangue, doe vida 
Mesmo assim, todas as pessoas internadas no Hospital Tacchini que necessitarem receber sangue são prontamente atendidas. Isso porque a Unidade de Coleta e Transfusão de Sangue da instituição faz uma intensa busca por doadores praticamente todos os dias e pode contar, também, com aquelas pessoas que já fizeram da doação um hábito. No entanto, sempre existe demanda por todos os tipos sanguíneos, com maior necessidade pelo tipo O Negativo. Diante disso, além do atendimento semanal, o setor realiza coleta de sangue sempre no primeiro sábado de cada mês.

Segundo a enfermeira Aline Somensi Manfredini, a unidade tem plenas condições de atender cerca de 20 pessoas por dia, mas dificilmente supera a expectativa. “No último dia 8, por exemplo, tínhamos 30 pessoas agendadas para doação e apenas 9 compareceram”, comenta. Aline reconhece, porém, que nunca falta sangue para os pacientes graças à parceria com o Banco de Sangue e o Hemocentro de Caxias do Sul. “Temos pessoas que já são doadoras há bastante tempo e aquelas que repõem a quantidade utilizada em um parente ou amigo”, explica. Para a também enfermeira Camila Locatelli, o ideal seria haver, pelo menos, 10 doações por dia para manter o estoque adequado. “Sabemos que, quando solicitado, as pessoas colaboram. Mas, infelizmente, por insegurança ou medo a maioria não doa”, lamenta.

Doe sangue!

A Unidade de Coleta e Transfusão de Sangue atende nas dependências do Hospital Tacchini, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h30. No primeiro sábado de cada mês, o horário de funcionamento é das 8h às 11h30, mediante agendamento, que pode ser feito pelo telefone 3455 4333.

Quem pode doar:

Podem doar sangue todas as pessoas em bom estado de saúde e que tenham entre 18 e 69 anos. Adolescentes (16 ou 17 anos) podem realizar doação com consentimento formal do responsável;
O doador precisa pesar, no mínimo, 50kg;
A pessoa não pode ter contraído hepatite viral após os 11 anos de idade e nem ter sido diagnosticada com Doença de Chagas;
O doador não deve apresentar risco acrescido para doenças sexualmente transmissíveis.

Quem não pode doar:

Pessoas que doaram sangue há menos de 60 dias (homens) e 90 dias (mulheres);
Quem ingeriu alimentos gordurosos menos de 3 horas antes do procedimento ou fumou menos de 1 hora antes;
Pessoas que ingeriram bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação;
Quem estiver com gripe ou febre (deve aguardar 15 dias após o término dos sintomas);
Pessoas que fizeram tatuagem ou maquiagem definitiva e colocaram piercing nos 12 meses anteriores;
Quem fez alguma vacina nos 30 dias anteriores;
Observação: outros casos devem ser avaliados pela equipe de enfermagem antes da doação.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Mortalidade infantil cresce 50% em 2013

A Coordenadoria da Vigilância Epidemiologia divulgou os dados preliminares da mortalidade infantil referente ao ano de 2013. Neste período foram registrados 12 óbitos, o que representa um aumento de 50%, quando comparado com o ano de 2012, na qual foram registradas oito mortes.

Mesmo com esse aumento, Bento Gonçalves segue dentro do coeficiente recomendado pelo Organização Mundial da Saúde (OMS) que é de 10 mortes a cada mil crianças, ainda se preconiza 8,5 óbitos no município.

O coordenador da Vigilância Epidemiologia, enfermeiro José da Rosa, esclarece que é baixo o número comparado com os números indicados em todos os países. "Deste grupo se analisar de 5,7 óbitos para mil em 2012 e 8,5 para mil em 2013, pode ainda ser considerado muito bom", comenta. Ele complementa que o Rio Grande do Sul está baixando os índices que em 2012 ficaram em torno de 10,7 óbitos, enquanto no Brasil está em 14,6 conforme o índice, o que é avaliado como bom.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

No Dia Mundial do Câncer, campanha quer derrubar preconceitos sobre a doença

"Derrube os mitos!" é o slogan da campanha deste ano do Dia Mundial do Câncer, lembrado nesta terça-feira,4. Criado em 2005 pela União Internacional para o Controle do Câncer (Uicc), o objetivo da ação é disseminar conhecimento sobre os vários e diferentes tipos de tumores malignos e derrubar preconceitos a respeito da doença.

O primeiro mito, segundo a campanha, é o de que não se deve falar sobre o câncer, o segundo, de que câncer não tem sintomas ou sinais. O terceiro mito a ser derrubado é o de que não há nada que se possa fazer contra a doença.
 
De acordo com o coordenador de Prevenção e Vigilância do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Claudio Noronha, o desconhecimento é um dos maiores vilões na luta contra a doença que, a cada ano, provoca cerca de 8 milhões de mortes no mundo.
 
“A falta de conhecimento e o medo causam verdadeiras barreiras para o tratamento. Por isso, o conhecimento é um elemento importantíssimo para o controle do câncer e essa campanha é muito válida” comentou.
 
O médico ressaltou que metade dos cânceres pode ser evitada com mudanças no estilo de vida, como é o caso do tabagismo. Não é a toa que, no mundo todo, o câncer de pulmão é o mais frequente”, disse ele, ao ressaltar que no Brasil, devido ao controle do tabagismo, esse tipo de câncer já não figura em primeiro lugar. “Muitas vezes, a pessoa não consegue fazer isso sozinho, mas é preciso buscar ajuda, buscar o serviço de saúde”.
 
Noronha acrescentou que a obesidade é outro fator de risco, que pode ser prevenido com boa alimentação e atividade física, e lembrou que o uso do protetor solar pode evitar o câncer de pele. “Apenas 10% a 15% do total dos cânceres são de causa hereditária. A maior parte da incidência está ligada ao ambiente, ao estilo de vida”, esclareceu. “São coisa que agridem seu organismo a vida inteira e você acaba perdendo a batalha para essa agressão”.
 
O quarto e último mito abordado na plataforma da campanha é o de que muitos não têm direito a tratamento. A organização garante que todos têm esse direito, mas admite que, na prática, as injustiças sociais impossibilitam que milhões de cidadãos tenham acesso aos tratamentos por serem pobres.
 
“Em muitos países, esse é um problema sério. O Brasil oferece tratamento gratuito na rede pública, com uma cobertura importante, mas algumas pessoas, por falta de informação, não procuram o serviço por achar que não terão como ser tratadas”, observou Guimarães.
 
No Brasil, os tipos da doença mais incidentes são na próstata, em homens, de mama, reto, cólon e colo do útero, nas mulheres. No caso da mama, há várias formas de prevenção como vida saudável e exames periódicos, como a mamografia.
 
A ginecologista Maria José de Camargo, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, lembra que no caso do câncer de colo de útero cabe às mulheres se cuidar. Isso pode evitar que o Brasil tenha 16 mil novos casos diagnosticados desse tumor maligno em 2014, como prevê o Ministério da Saúde. Esse tipo de câncer é o terceiro mais frequente na população feminina, perdendo apenas para os de mama, cólon e reto.
 
“O câncer pode ser prevenido, se você tiver um bom rastreio. É de evolução muito lenta, pode levar mais de uma década, então se você identifica na mulher lesão pré-maligna, no preventivo, também conhecido como Papanicolau, e se essa mulher for bem avaliada e tratada, ela tem menos de 5% de chance de desenvolver o câncer de colo de útero. Se a mulher não se tratar, as chances de cura são 30%”, disse a ginecologista.
 
Para a médica, o alto número de casos no país reflete uma situação de subdesenvolvimento econômico. Uma das evidências, segundo ela, é o fato de os maiores índices nacionais virem das regiões Norte e Nordeste, que têm os menores indicadores socioeconômicos. “Ou a mulher não faz o exame ou, quando faz e descobre o pré-câncer, não é tratada. Ela não segue uma cadeia de atendimento ou por desinformação ou por falta de serviço de saúde adequado. Nos países mais ricos, há poucos casos desse tipo de câncer”, lembrou.
 
"Derrube os mitos!" é o slogan da campanha deste ano do Dia Mundial do Câncer. (Foto: Divulgação) Maria José destacou que uma estratégia eficaz para o combate da doença é a busca ativa, em que laboratórios ou médicos entram em contato com as mulheres cujo exame preventivo apontou pré-câncer. “São pequenas cirurgias no colo do útero”, explicou, acrescentando que o procedimento é bem menos doloroso que o tratamento contra o câncer, mais barato e com quase 100% de cura. Ela elogiou a iniciativa do Ministério da Saúde de incluir, a partir de 10 de março, na rede pública a vacina contra alguns tipos de HPV para pré-adolescentes, de 11 a 13 anos, responsáveis por mais de 70% dos casos de câncer de colo de útero.
 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as infecções causadas pelos vírus das hepatites B e C e o do papiloma humano (HPV) são responsáveis por 20% das mortes por câncer nos países de baixa e média renda e de 7% nos países de alta renda.
 
Ainda segundo a OMS, nas Américas, o câncer representa a segunda causa de morte, com 2,5 milhões de novos casos e 1,2 milhão de mortes em 2008, sendo 45% na América Latina e no Caribe. A previsão é que em 2030 a mortalidade por câncer atinja 2,1 milhões de pessoas nas Américas.
 
Para o professor associado de cirurgia do aparelho digestivo do Departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Ulysses Ribeiro Júnior, o preconceito é outro fator negativo para a prevenção. “No caso de câncer de cólon, hoje muito frequente na nossa população, todo indivíduo com 50 anos de idade deveria fazer um exame de sangue oculto nas fezes e, a partir dos casos positivos, uma colonoscopia, mas a população tem medo, tem vergonha e isso atrapalha”, comentou, ao lembrar que esse tipo de câncer é o quarto mais comum entre os homens. “Às vezes, não basta o conhecimento. O indivíduo sente uma dorzinha e vai deixando até ficar no estágio avançado e o tratamento é muito mais agressivo”, completou. 
 
* Agência Brasil