quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Entidades analisam reajuste de R$ 0,06 no preço da uva

O reajuste do preço mínimo da uva anunciado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no último dia 30 de dezembro já repercute. Dos atuais R$ 0,57 pagos para uvas americanas, o valor passa para R$ 0,63.

Para entidades de classe ouvidas pela reportagem da Difusora, o reajuste já era esperado. Conforme a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bento Gonçalves, Pinto Bandeira, Monte Belo do Sul e Santa Tereza (STRBG), Inês Fagherazzi, o novo valor representa “uma grande conquista para os produtores”.

Entretanto, a presidente questiona que o preço mínimo ainda não cobre o custo de produção, conforme apresentado para a Conab, que ultrapassaria R$ 0,70.

De acordo com o coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schiavenin, a necessidade do produtor é maior do que é pago pela uva. Ele compara a fruta com outros produtos agrícolas, como o pêssego e a cebola. “Quando não há procura o preço não sobe”, lamenta.

A indústria vitivinícola não vê o reajuste com bons olhos. Ainda de forma não oficial, o diretor executivo da Associação Gaúcha de Vinicultores (AGAVI), Darci Dani, diz que “o aumento será repassado para o consumidor final” e questiona se será aceito.
Atualmente o pagamento da safra acontece pela graduação da uva, o que, em alguns momentos, supera o valor mínimo.
 
Fonte: Lucas Araldi - Central de Jornalismo da Rádio Difusora
foto: reprodução

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