O
reajuste do preço mínimo da uva anunciado pelo Conselho Monetário
Nacional (CMN) no último dia 30 de dezembro já repercute. Dos atuais R$
0,57 pagos para uvas americanas, o valor passa para R$ 0,63.
Para entidades de classe ouvidas pela
reportagem da Difusora, o reajuste já era esperado. Conforme a
presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bento Gonçalves,
Pinto Bandeira, Monte Belo do Sul e Santa Tereza (STRBG), Inês
Fagherazzi, o novo valor representa “uma grande conquista para os
produtores”.
Entretanto, a presidente questiona que o
preço mínimo ainda não cobre o custo de produção, conforme apresentado
para a Conab, que ultrapassaria R$ 0,70.
De acordo com o coordenador da Comissão
Interestadual da Uva, Olir Schiavenin, a necessidade do produtor é maior
do que é pago pela uva. Ele compara a fruta com outros produtos
agrícolas, como o pêssego e a cebola. “Quando não há procura o preço não
sobe”, lamenta.
A indústria vitivinícola não vê o
reajuste com bons olhos. Ainda de forma não oficial, o diretor executivo
da Associação Gaúcha de Vinicultores (AGAVI), Darci Dani, diz que “o
aumento será repassado para o consumidor final” e questiona se será
aceito.
Atualmente o pagamento da safra acontece pela graduação da uva, o que, em alguns momentos, supera o valor mínimo.
Fonte: Lucas Araldi - Central de Jornalismo da Rádio Difusora
foto: reprodução
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