Das vítimas, 6.500 são crianças, mas estimativa real pode ser ainda maior

Dessas 93.000 mortes, ao menos
6.500 vítimas são crianças.
Entenda o Caso
- • Durante a onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o governo do ditador Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes enfrentam forte repressão pelas forças de segurança. O conflito já deixou dezenas de milhares de mortos no país, de acordo com levantamentos feitos pela ONU.
- • Em junho de 2012, o chefe das forças de paz das Nações Unidas, Herve Ladsous, afirmou pela primeira vez que o conflito na Síria já configurava uma guerra civil.
- • Dois meses depois, Kofi Annan, mediador internacional para a Síria, renunciou à missão por não ter obtido sucesso no cargo. Ele foi sucedido por Lakhdar Brahimi, que também não tem conseguido avanços.
"Esse número extremamente alto de mortos, mês após mês, reflete a
drástica deterioração do comportamento do conflito no último ano", disse
a Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, em
comunicado. As regiões de Damasco e Alepo registraram os números mais
altos da violência desde novembro, informou o órgão em seu mais recente
relatório sobre as mortes na Síria.
O número anterior de mortos divulgado pela ONU, em maio, era de 80.000. A atualização tem como base oito fontes, incluindo o governo sírio
e o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), sediado na
Grã-Bretanha. As mortes só foram contabilizadas quando o nome da vítima,
o local e a data da morte eram conhecidos.
"Há também casos documentados de torturas e execuções de crianças e
famílias inteiras, incluindo bebês - o que, juntamente com esse número
devastador de mortos, é uma lembrança terrível de como esse conflito
tornou-se cruel", disse Navi. "Apelo às partes que declarem um
cessar-fogo imediato, antes de seguir matando ou ferindo dezenas de
milhares de pessoas", afirmou a Alta Comissária da ONU.
A grande maioria dos casos comprovados pela ONU envolve homens, mas os
especialistas não conseguiram estabelecer uma distinção entre
combatentes e civis. A idade das vítimas também não foi determinada em
75% dos casos. Mas a ONU conseguiu documentar as mortes de 6.561 menores
de idade, incluindo pelo menos 1.729 crianças com menos de 10 anos.
Fonte: Agências France-Presse e Reuters
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